quinta-feira, 2 de junho de 2011

Câncer de Ovário

O câncer de ovário é silencioso, demora a apresentar sintomas e pode crescer bastante antes de ser detectado. Ele é o mais letal dos cânceres ginecológicos. O motivo é que em 75% dos casos ele só é descoberto em estágio avançado, o que reduz bastante a chance de sucesso do tratamento. O maior fator de risco que se conhece é o histórico familiar: 10% dos casos têm um componente genético. Dos outros 90% não se conhece totalmente as causas.

É importante ressaltar que o aparecimento de cistos no ovário não costuma ter relação com câncer de ovário. Esses cistos são pequeninas bolsas contendo líquido que nem sempre causam sintomas e na maioria das vezes desaparecem sozinhos. Muitas vezes fazem parte da ovulação. Porém, quando são grandes ou tem características suspeitas exigem cirurgia para esclarecer a dúvida.

Os ovários são dois órgãos que se ligam pelas trompas de Falópio ao útero, um de cada lado. O câncer de ovário mais comum é o que começa nas suas células epiteliais, ou seja, as células que o revestem. Ele é difícil de diagnosticar por causa de sua localização: os ovários são pequenos (têm cerca de 3 cm) e estão numa região do abdome onde o tumor tem espaço para crescer sem interferir em outros órgãos. Há casos em que o tumor cresce até atingir um grande tamanho antes produzir sintomas e ser detectado.
O câncer de ovário é mais comum em mulheres acima dos 55 anos e o fator de risco mais importante é o histórico familiar.

Como a doença não provoca sintomas em seus estágios iniciais, normalmente quando ela é descoberta já se encontra em estágio avançado.

Os sintomas são comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas.
Entre eles estão:

- dor abdominal ou na região pélvica;
- aumento de volume abdominal;
- azia;
- aumento da frequência urinária;
- dor lombar (dor nas costas);
- prisão de ventre;
- nausea;
- sangramento.

A visita anual ao ginecologista aumenta a chance de detectar o problema. Durante o exame físico, de toque e palpação do abdome, o especialista pode detectar alguma anormalidade, mas para que isso ocorra, o tumor já deve ter crescido bastante. Exames de ultrassom transabdominal e transvaginal podem ajudar a diagnosticar a doença mesmo em estágios iniciais.

Quando há uma forte suspeita de câncer de ovário, o médico pode pedir exames adicionais como tomografia computadorizada, colonoscopia (para avaliar a parte interna no intestino grosso), CA 125 (que é um marcador tumoral que pode estar aumentado no câncer de ovário) e outros, sempre individualizando caso a caso.

A confirmação do diagnóstico é feita pela biópsia (análise do tecido suspeito) obtida pela cirurgia.
Ainda não existe nenhum método totalmente eficaz no diagnóstico do câncer de ovário. A história, exame físico, ultra-som e marcador tumoral CA-125 é o que dispomos inicialmente para tentar um diagnóstico precoce.

Pesquisadores do mundo inteiro estão em busca de marcadores sanguíneos, que possam indicar a presença do tumor antes mesmo dele causar sintomas.

Ainda valem as recomendações da boa saúde: Alimentação rica em fibras, frutas, legumes e verduras, pobre em carnes vermelhas e gorduras, prática de exercícios físicos, parar de fumar e não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento vai depender do estadiamento da doença, isto é, do estágio em que ela se encontra. O procedimento básico de diagnóstico e tratamento é a cirurgia. Sua extensão vai depender das dimensões do tumor e da presença de comprometimento de outros órgãos. Ela pode se limitar à remoção dos dois ovários e trompas, útero e gânglios linfáticos. Pode ser ainda necessária a retirada de outros órgãos, como segmentos do intestino, além de eventuais implantes.

Também se utiliza a quimioterapia na maioria dos casos, que pode ser uma combinação de várias drogas administradas por via endovenosa. Para algumas pacientes é recomendada a quimioterapia intra-peritonial, que consiste em infundir na cavidade abdominal a medicação por meio de um catéter.

As chances de sucesso do tratamento dependem dos seguintes fatores:

- estágio do cancer;
- tipo de tumor;
- idade da paciente;
- estado geral de saúde;
- tipo de cirurgia realizada;
- resposta ao tratamento de quimioterapia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário